ABEP apresenta Critério Brasil 2015 ao mercado
09/12/2014
Evento reúne profissionais da indústria de pesquisa, anunciantes e empresas
A ABEP apresentou na segunda, 8, o novo Critério Brasil 2015 que será aplicado a partir de 1 de janeiro. Dentre as principais novidades do modelo está à capacidade em avaliar o consumo dos domicílios, permite a identificação de grandes grupos e considera a renda permanente e não apenas a renda corrente. “O novo critério tem maior poder de explicação do consumo quando comparado ao critério atual. A renda permanente é um ajuste da renda corrente e incorpora expectativas e eventos que implicam que o consumo atual pode ser financiado por renda passada ou expectativa de renda futura”, explica Luis Pilli, coordenador do Comitê Critério Brasil na ABEP.
Com a atualização, o questionário que segmenta a classe social também sofre ajustes. Variáveis como posse de microcomputador, lava-louça, lava roupa, motocicleta, secadora, micro-ondas e acesso a serviços públicos passam a ser computados com peso e pontos. Itens como televisor, rádio e aspirador de pó saem e ganharam mais peso itens como número de banheiros, automóveis e empregado doméstico.
Outro diferencial importante é a amostra da base que também sofreu alterações para acompanhar a atual dinâmica da sociedade e dos hábitos de consumo dos brasileiros. “Com a atualização é possível aumentar a abrangência do critério antes restrito a nove regiões metropolitanas e, agora, para todo Brasil”, analisa Pilli.
Na opinião de Marcos Calliari, managing director da Kantar WorldPanel, o novo modelo impacta de forma positiva no dia a dia do profissional. “O atual modelo de classificação é mais realista e discriminante. Com isso a segmentação será mais assertiva”, avalia.
Um País estratificado
As diferenças de renda corrente declarada do domícilio entre os níveis sócio econômico a partir de janeiro*:
- A : por volta de R$ 18.800;
- B1: por volta de R$ 7.800;
- B2: por volta de R$ 4.000;
- C1: por volta de R$ 2.250;
- C2: por volta de R$ 1.350;
- DE: por volta de R$ 600
*Números podem alterar após a finalização do processamento de dados recentes da PNA
O novo modelo foi formulado pelos professores brasileiros Wagner Kamakura (Rice University) e José Afonso Mazzon (FEA-USP). Para o seu desenvolvimento foram usadas 35 variáveis indicadoras de renda permanente (como educação, condições de moradia, acesso a serviços públicos, posse de bens duráveis a composição familiar, o porte dos municípios e a região onde estão localizados como parâmetros fundamentais para a segmentação e comparação entre os padrões de consumo dos brasileiros.) que permitiram a segmentação dos domicílios brasileiros em estratos e o posterior estudo da relação entre nível sócio-econômico e potencial de consumo dos domicílios em relação a 20 categorias de produtos e serviços (dentre elas, alimentação no domicílio e fora de casa, artigos de limpeza, vestuário e saúde e medicamentos).
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