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Home office, uma realidade

ABEP

03/12/2014

Seguindo as tendências mundiais de flexibilização de locais e horários de trabalho, empresas de diversos segmentos começam a ver resultados na implantação de modelos de trabalho remotos. Institutos de pesquisas seguem no mesmo caminho

Quando a CEO do Yahoo Inc., Marissa Mayer, decidiu eliminar a possibilidade do trabalho em casa para os seus colaboradores, em fevereiro de 2013, começou uma grande discussão sobre os rumos do home office no mundo todo. Seria o fim de uma atividade liberal que vinha crescendo ano após ano?

De lá para cá, não foram vistas repetições do mesmo tipo de gesto por outros presidentes de empresas. O debate, entretanto, estava aberto. À época, a jornalista Jenna Goudreau, da revista Forbes (EUA), escreveu um artigo classificando a atitude de Marissa como: “Back to the Stone Age?” (“De volta à Idade da Pedra?”). Mas a executiva explicou que, entre outros motivos, “a velocidade e a qualidade são muitas vezes sacrificadas quando trabalhamos de casa”.

Para Marina Sell Brik, criadora do Instituto Trabalho Portátil e do website gohome.com.br, existem inúmeras vantagens de realizar trabalhos na própria residência. “O home office gera economia – especialmente com redução de custos de espaço imobiliário – e melhora a produtividade dos funcionários com menos interrupções durante o dia”, destaca. A consultora também relembra que: “nos Estados Unidos, por exemplo, trabalhar em casa não é uma novidade, já está arraigado na cultura das empresas e dos trabalhadores. O home office começou nos anos 70 por lá.”

Já Bruno Paro, diretor-executivo da Netquest, que está atualmente implementando a nova unidade de sua empresa em Nova York, diz que apesar de o trabalho em casa ser mais popular para as empresas norte-americanas, o modelo ainda encontra resistências devido ao perfil controlador dos seus gestores. Os governantes locais, por sua vez, concedem incentivos fiscais para aumentar a participação do modelo.

Mercado de pesquisas

O segmento de pesquisas de opinião não foge à regra. Enfrenta os mesmos desafios de outros tipos de mercado. Mas, também, se beneficia pela origem intelectual de seu modelo de trabalho. “O home office é um conceito contemporâneo. Sou muito a favor, principalmente no nosso setor: não tem sentido aplicar com trabalhadores intelectuais modelos de produção baseados em comando e controle. Esses modelos foram criados para a produção fabril e não para o setor de serviços”, declara Rodrigo Toni, fundador da FlyFrog.

“Na minha visão, o trabalho em casa é algo a ser gradualmente amadurecido, formando um conjunto entre liderança e equipe. O time deve ser levado a compreender que não vai ter todos os seus passos controlados. O supervisor vai dizer o que quer e quando precisa da tarefa finalizada, mas como e quando ela será feita é uma decisão do profissional”, completa Rodrigo.

Dicas práticas para trabalhar no modelo home office

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